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quarta-feira, 27 de abril de 2011

E assim me perdi...

Perdida. Incapaz de tomar minhas próprias decisões, imersa numa verdade que no fundo sei que inexiste. Sigo acreditando, obedecendo, deixando de lado minha identidade selvagem para me tornar animal doméstico, dócil, doce... o animal em mim morre para dar lugar ao mineral sem vida. Ao objeto abjeto. 

sexta-feira, 1 de abril de 2011


"O que acho que aconteceu é que num processo lento, eis minha epifania: quem era eu na sua vida, na minha vida, na nossa história? O que tinha restado de mim depois de viver tão imersa e imensamente o nosso encontro? E onde eu caberia nos seus planos do “eu vou fazer, eu vou realizar, eu vou conseguir, eu vou viajar”?E o que EU imaginava pro meu futuro que não conjugava para “nós em laços”? Simplesmente eu passei a morar no teu abraço e, depois de algum tempo, seus braços me acorrentaram e eu sufoquei minha respiração no travesseiro, noite após noite para que dormíssemos juntos na posição mais confortável pra você. Nunca pensei que alguém pudesse perder a própria identidade em tantas sutilezas. Deixei minha solidão de lado pra me sentir desacompanhada por mim mesma, ao seu lado."
Marla de Queiroz